Obra atrasada complica o verão no Litoral Sul
Obra atrasada complica
o verão no Litoral Sul
No distrito de Ipojuca, que é um dos balneários mais badalados do Brasil, a situação também não é boa. Os trabalhos de saneamento e pavimentação estão parados e só devem ser reiniciados em novembro. Comerciantes e turistas podem ter prejuízo.
Ao todo, são quatro quilômetros de buracos no caminho de quem vai do Recife para Porto. A obra de duplicação da BR-101 Sul foi interrompida por causa da chuva, de acordo com o DRE, responsável pelas obras.
No feriado de Sete de Setembro, como de hábito, a praia de Porto de Galinhas fica lotada. Este é o segundo ano que o verão começa, mas as obras não terminam. Ruas sem drenagem, pavimentação e esgoto não combinam com as imagens de cartão postal que os turistas esperam encontrar.
A maioria das ruas que seriam saneadas, drenadas e pavimentadas fica nas comunidades mais pobres de Porto de Galinhas. A empresa Gautama, acusada de fraudar licitações, recebeu R$ 19 milhões da Prefeitura de Ipojuca, antes de abandonar as obras.
A Prefeitura tem o dinheiro necessário para concluir a obra, mas os turistas e os moradores de Porto de Galinhas vão ter que esperar. O contrato com a Gautama foi encerrado, e é preciso que haja uma licitação para escolher outra construtora. A previsão é que os trabalhos sejam reiniciados no dia 1º de novembro e terminem no início do verão do ano que vem.
O secretário adjunto de Infra-estrutura de Ipojuca, Alcides Dantas, diz que obras vão ser divididas em lotes, para evitar que todas as comunidades sejam prejudicadas, se houver outro problema.
A administração de Ipojuca está fazendo o levantamento das obras que a construtora Gautama concluiu e o que deixou de ser feito. Já o Ministério Público, nos últimos três meses, acumulou cerca de 1.200 documentos sobre o assunto que ainda vão ser analisados. O promotor Salomão Abdo vai pedir mais prazo para analisar o caso.
Cabo de Santo Agostinho 